Dicionário de Folcloristas Brasileiros - 1ª Edição
UMA EXPLICAÇÃO QUE SE FAZ NECESSÁRIA
Este DICIONÁRIO
DE FOLCLORISTAS BRASILEIROS vem, e é bom que se diga, muito embora abusando de um
lugar comum, muito já gasto por seu excesso de uso, preencher uma lacuna. E preencher uma
lacuna pelo simples motivo da não existência de um similar.
Apesar de contar
com o apoio de vários folcloristas nossos companheiros de sonho encontrei,
no caminho que percorri para chegar onde consegui chegar, muitas dificuldades, entre as
quais o desconhecimento de endereços, cartas que enviei e foram devolvidas porque seus
destinatários mudaram de endereço e não foram encontrados, outras que não tiveram
respostas e os destinatários que deixaram para enviar seus dados de última hora, quando
o trabalho já estava concluído. Assim acontecendo, muitos folcloristas ficaram de fora,
por circunstâncias independentes de minha vontade.
Vários
companheiros me incentivaram e me ajudaram a carregar a carga pesadíssima que coloquei
sobre meus ombros. Não poderia deixar de mencionar, aqui, os nomes de alguns deles que
fizeram com que este meu sonho se tornasse uma realidade. Bráulio do Nascimento o
dínamo do nosso Folclore que, quando esteve à frente do Instituto Brasileiro de
Folclore, a cultura popular teve seu período áureo, tamanha foi a quantidade de livros
publicados, de discos gravados, de congressos, de seminários, de encontros, de cursos
realizados como consequência de seu entusiasmo, de sua quase ubiqüidade, não importando
qual o meio de transporte usado. Maria do Rosário Tavares de Lima, Esther Karwinsky,
Laura Della Monica, Doralécio Soares, Zezito Guedes, Aloysio Galvão, João Azevedo,
Roberto Benjamin, Neuma Fechine Borges, Altimar Pimentel, Hildegardes Vianna, Sebastião
Breguez, Domingos Diniz e tantos outros estudiosos do nosso Folclore, que lembraram nomes,
deram endereços e fizeram o possível para que este trabalho englobasse o maior número
possível de folcloristas brasileiros. Infelizmente ninguém consegue realizar um trabalho
completo, perfeito como neste caso, por falta de informações. Assim, alguns verbetes
ficaram quase que completos, enquanto outros pecaram pela falta de informações. É bom
que se diga, também, que foram verbeteados folcloristas brasileiros, bem como os abrasileirados
(Katarina Real, Pierre Verger, Joseph M. Luyten, Idelette Muzart Fonseca dos Santos e
outros) e os bissextos, isto é, os que esporadicamente fizeram incursões no mundo
maravilhoso do Folclore.
Pesquisa gerada na
Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, este DICIONÁRIO DE FOLCLORISTAS BRASILEIROS
é uma tentativa de inventariar todos os que se dedicam ao estudo do Folclore. O trabalho
não está completo, eu sei. Mas eu também sei que fiz o possível com as informações
de que dispunha. Mandem sugestões. Sugiram nomes. Enviem currículos. Corrijam as
possíveis imperfeições, para que, no futuro, este dicionário fique melhor.
Mário Souto Maior Recife, 1999 |